Quando convidaram Denis Villeneuve para dirigir uma adaptação de Duna de Frank Herbert, ele tinha somente duas exigências. A primeira era que ele queria dividir o livro em dois filmes e a outra então era que ele queria que fosse o mais real possível. “Acredito fortemente que, como seres humanos, o que está ao nosso redor tem impacto na inspiração”, disse Villeneuve. “A outra condição que eu tive para fazer o filme era que eu queria filmar no verdadeiro deserto. Meu argumento era: ‘Eles não filmaram Tubarão (1975) em uma piscina’.
O trailer de Duna de 2020 foi certamente algo de outro mundo, mas onde no mundo estão as locações usadas para este remake tão aguardado pelos fãs de ficção científica?
A primeira parte de Duna deixou as pessoas realmente animadas para retornarem aos cinemas para ver a segunda parte do filme. Enquanto o filme em si é absolutamente incrível, com uma história de ficção científica clássica e um elenco estelar, os visuais do filme todo são, sem dúvida, impressionantes. Então, onde no mundo estão esses belos fiordes e desertos que nos deixaram deslumbrados com a fotografia do filme?
ONDE FOI GRAVADO DUNA? ONDE ESTÃO AS LOCAÇÕES DO FILME?
As locações escolhidas pelo diretor para a fotografia principal desse novo remake de Duna ficam em Standlandet na Noruega, Wadi Rum na Jordânia, Abu Dhabi nos Emirados Árabes e Budapeste na Hungria.
STADLANDET, NORUEGA
A primeira parte de Duna irá se passar no planeta Caladan, que foi filmado em Stadlandet na Noruega. Stadlandet, é uma península no município de Stad, na área noroeste do distrito de Nordfjord, que fica no condado de Vestland. A região é um planalto montanhoso de 500 metros de altura que possui um cume de 645 metros de altura chamado pico Tarvaldsegga. A extremidade oeste do planalto apresenta um penhasco incrível que mergulha mais de 490 metros mar adentro.
Uma das cidades mais conhecidas da região é Hoddevik, que fica a cerca de 350km de Bergen. Essa pequena vila é famosa por ser uma excelente praia para que gosta de surfar. Hoddevik tem ondas incríveis, sendo exposta a ondas vindas do oeste, mas permanecendo protegida pelo vento devido às altas montanhas circundantes.
Para opções de hospedagem em Stadlandet, clique aqui.
WADI RUM, JORDÂNIA
O diretor escolheu filmar as cenas de deserto de rocha vermelha de Duna no hipnotizante Wadi Rum, no sul da Jordânia. O Wadi Rum, chamado também de Vale da Lua, é o maior Wadi da Jordânia (um vale ou leito de rio seco). Mas, ele é indiscutivelmente mais famoso por sua conexão com o oficial britânico TE Lawrence, que usou a região durante a Revolta Árabe.
Mais do que um lugar bonito, o Wadi Rum é, certamente, um destino ideal para turistas em busca de novas experiências e as tradições da cultura nômade beduína. Além dos passeios de 4×4, a grande atração do lugar são os acampamentos. Aliás, é possível passar a noite em tendas e desfrutar de banquetes fartos preparados na fogueira, tudo isso acompanhado de danças e música árabe. Para chegar lá, o ideal é reservar excursões saindo de Amã ou Petra, de onde é possível fechar pacotes que incluam passeios bem como sua acomodação. O vilarejo em si fica a 7 km da entrada principal e nem sempre o transporte público é frequente.
O vale, sem dúvida, é um local incrivelmente popular para filmar cenas espetaculares do deserto e já apareceu em vários sucessos de bilheteria de Hollywood, incluindo Lawrence da Arabia (1962), Perdido em Marte (2015), Transformers: A vingança dos derrotados (2009), Aladdin (2019), Rogue One : Uma história Star Wars (2016) e Star Wars: A Ascensão Skywalker (2019).
Para opções de hospedagem em Wadi Rum, clique aqui.
ABU DHABI, EMIRADOS ÁRABES UNIDOS
A maioria das cenas nas dunas de Duna foi filmada em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos. As areias douradas de Abu Dhabi já apareceram em inúmeros filmes, mas parece que esse ambiente, embora bonito, desafiou o elenco de Duna. Timothée Chalamet, que desempenha o papel principal, disse anteriormente: “Lembro-me de ter saído do meu quarto às 2 da manhã, e provavelmente fazia 38°C”. “A temperatura de filmagem às vezes era de 49°C. Assim sendo, eles nos fazem para de filmar, se passa de um determinado limite de temperatura e fica muito quente. Esqueci qual é o número exato, mas você não pode continuar trabalhando.” – Timothée Chalamet .
Para opções de hospedagem em Abu Dabhi, clique aqui.
BUDAPESTE, HUNGRIA
A maior parte das filmagens em estúdio foi realizada no Origo Film Studios em Budapeste, Hungria. De acordo com o IMDB, o estúdio desempenhou um papel importante na filmagem de alguns filmes de grande sucesso, incluindo Blade Runner 2049 (2017), Terminator: Dark Fate (2019) e Hercules (2014).
Para opções de hospedagem em Budapeste, clique aqui.
LOCAÇÕES DE DUNA: PARTE 2
Como já vimos, os cenários de Duna foram construídos com a ajuda de paisagens desérticas na Jordânia e nos arredores de Abu Dhabi. Os mesmos cenários se repetem em “Duna: Parte 2”, mas um novo local adiciona pitadas sombrias ao longa: um cemitério na Itália. Localizado na comuna de Altivole, na região do Vêneto, próximo a Treviso, o cemitério serviu de locação na ficção para dar vida ao planeta Imperial, com cenas rodadas com os atores Florence Pugh e Christopher Walken. O local é chamado também de Túmulo de Brion (Brion Tomb em inglês).
Próxima dali, a comuna de Asolo serviu como base para a produção durante as filmagens neste pedacinho da Itália. Em entrevista para a Condé Nast Traveler, o designer de produção Patrice Vermette revelou que a equipe ficou hospedada no hotel cinco estrelas Albergo Al Sole, que fica no centro da cidadezinha. Como no primeiro filme, o deserto de Wadi Rum, na Jordânia, e as dunas nos arredores de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, voltaram a ser cenários para as gravações de “Duna: Parte 2”. Mesmo afastados geograficamente, ambas as localidades foram usadas para a ambientação do planeta Arrakis.
Mas como perceber as diferenças entre os dois desertos na telona? “É muito simples: cada vez que você vê uma formação rochosa, estamos na Jordânia. Cada vez que você vê dunas, estamos em Abu Dhabi”, disse o designer de produção Patrice Vermette para a Condé Nast Traveler.
Resolva aqui a sua viagem
